quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Trabalhoso coração


Hoje venho trazer algumas palavras de um amigo universitário.
O blog CCA agradece desde já a sua participação. E vós leitores, estejam à vontade para opinar e comentar.

"Olhos que nos vêem, coração que nos sente...
Com um olhar digo o que palavras não conseguem...com as batidas do coração a intensidade do sentimento.
A mente interpreta o olhar, o coração começa atrapalhar,  pensamentos surgem, desejos acontecem, coração fica valente e o corpo inconsequente.  Lábios se tocam, beijos molhados, bocas dormentes, sorrisos ardentes, olhar penetrante com desejo de quero mais."


José Carlos S. Filho

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Tua brisa como furacão me abana


Quando estou perto de ti, tenho sensações inexplicáveis.
Sei que tua presença me produz conforto e ao mesmo tempo uma agitação indescritível. Sei por que sinto. É uma mistura de coisas distintas que ao fim das contas ressoa como uma só.

Talvez faças tudo com uma enorme simplicidade, com calma e serenidade; mas me atinge com poder, com força, com movimento. Teu olhar, teu sorriso, teus gestos, tuas palavras, vejo em tudo a potência do amor.
Se me olhas, uma lança de prazer se aprofunda em meu peito; se me falas, uma trovoada me acalenta; se me tocas, uma ventania me cerca em alegria.


Não há como conter a satisfação que tenho, ao ter-te perto de mim. Não sei explicar; talvez seja tua simplicidade, ou tua complexidade; mas tudo que fazes me envolve num movimento, que não pára, que não me cansa, que não me fatiga!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

domingo, 9 de setembro de 2012

Ame, ame, ame


Se as pessoas tivessem mais coragem de amar, seriam sem dúvida mais felizes.
Dedico essa postagem para falar de um outro tipo de amor, o "amor ao próximo".
Esse é a base de todo e qualquer relacionamento, seja de casais, de colegas, de vizinhos, ou até mesmo de desconhecidos. Todo ser humano tem a necessidade de amar e ser amado. E o modo mais simples de exercitar esse sentimento está aberto é o relacionamento inter pessoal.

Há pessoas que nutrem, isso mesmo, nutrem uma dificuldade imensa em se relacionar com o outro, e ainda de se entregar e integrar. Pois ao amar perdemos algo nosso a fim de dá-lo a outrem. Mas na verdade, não é perca, é investimento, é empreendedorismo; afinal de contas o que aqui plantamos, aqui colhemos.

Seja feliz e faça as pessoas felizes ao seu redor. Não guarde tudo para si, não se feche em seu mundo, não se individualize em um cerco de egoísmo e frieza; abra as portas, crie pontes, derrube muros, ame, ame, ame. Estenda a mão, enlace os braços num sincero abraço; dispense sorrisos, enxugue lágrimas, ame, ame, ame. Muitas vezes exigimos retornos, reconhecimentos, gratidão, daquilo que não oferecemos. Salvo os ingratos de plantão, todos reconhecerão suas atitudes, se elas realmente existirem e forem saudáveis.

No mundo atual, onde as amizades e relacionamentos são facilitados pela alta tecnologia, laços (por incrível que pareça), se fragilizam e até mesmo se destroem. Há uma crescente necessidade de amor, mesmo que não seja reconhecida. E aquele que consegue amar, no sentido literal da palavra, o amor agape, incondicional, o amor philos, fraterno e ajudador, com certeza será bem sucedido na vida. Às vezes quer-se investir em namoros e casamentos; quando na verdade um pão não se divide, um olhar não se partilha, uma mão não se estende, uma palavra não se dita. Olhemos ao nosso redor e façamos uma análise na balança da vida: será que o amor tem sido relevante por minha parte? Ou sou um ser não percebido, haja vista minha inexistente partilha?


Tudo melhorará, tudo se criará, tudo se endireitará, quando amarmos profundamente. Não só o amor eros, entre um lindo e apaixonado casal (como sempre retratamos aqui), mas amor entre amigos, entre família, entre desconhecidos (repito). Veremos que aos nos doarmos, o retorno vem como um fluxo de nova partilha, que novamente se doa, onde, logo mais, já não se demarca, marca ou registra, o que é teu e o que é meu.

E o conto de fadas...

E você cresce ouvindo sobre esse tal de amor eterno. Mas, quando a realidade da vida adulta bate a sua porta, você recebe a conta desse tal amor e ela vem debitada em pequenas prestações de coisas desagradáveis e alguns poucos momentos felizes. Não estou sendo pessimista em relação aos relacionamentos, mas é assim que eles funcionam: no começo tudo são maravilhas e os problemas mínimos, depois a coisa se inverte e o que era mínimo passa a ser máximo e o que era máximo passa a ser bem menor que o mínimo de antes, faço-me entender?
Aí você me pergunta: Então, Bárbara, você está dizendo que tudo num relacionamento é ruim? Não. Mas os momentos bons cobram de você um sacrifício imenso e diário, que são compensados sim, mas que para algumas pessoas não são um esforço ao qual elas estejam prontas ou dispostas a fazer.

A realidade do amor eterno e verdadeiro, que vem todo cor de rosa na nossa infância, é dura e para poucos. Esse amor fácil e bonito só combina nos belos contos de fadas dos irmãos Grimm.

Não, essas não são palavras amargas de uma solteirona desiludida, são apenas, parafraseando a Clarice Lispector, palavras de um amor realista e não romântico, um amor de quem já sofreu de amor. 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Laços


"O que nos une é tão forte".
Já ouvi tantas vezes essa expressão, e sempre me indagava o que podia ser tão forte, na ligação entre duas pessoas. O que poderia ser tão firme e seguro, a fim de unir e dar a certeza de que nada se desfará.

Com o tempo descobri, com as relações, com as vivências, com a vida, descobri que o AMOR tem esse poder. Num mundo com facilidades, agilidades, onde todos correm e cansam, ainda há amor. Diz-se que com o tempo se aumentará a iniquidade e o amor de muitos esfriará, mas ainda assim há um remanescente que ama, que possui esses laços de união.

Os laços do amor não são algemas, como alguns dizem, nem tampouco cadeias, pois esse mesmo  sentimento não escraviza, mas liberta. E como alguém pode ser liberto, sendo tão unido a outrem. Exatamente aí está o "x" da questão. A certeza do amor nos dá a segurança que a pessoa amada não se irá de nós. Então alguns perguntam: e porque depois de um tempo algumas pessoas outrora tão unidas, se separam? A resposta só pode ser uma: porque o amor acaba. E findo o amor, esvai-se a força de qualquer laço, torna-se uma fita frágil e dissolvida.

Mas enquanto houver amor, há essa ligação tão estreita e agradável, essa vontade de "estar" e "ser" junto com alguém. O desejo de estar tão perto, que era melhor estar colado. Mas é que o amor nos faz ver o outro com um ser igual, idêntico, em que nos espelhamos. Todo e qualquer segundo é proveitoso, sempre com um gostinho de quero mais.

Vivamos esses laços, em amor é claro. Pois quem ama, une-se; e nada pode destruir esses laços, enquanto houver amor!

sábado, 11 de agosto de 2012

Um amor puro..

"Um amor puro não sabe a força que tem" já cantava o Djavan e como ele tinha razão... Descobre-se essa força quando não se pode ter a pessoa por perto, mas se ama com a mesma intensidade de quando se tinha. Descobre-se essa força quando arruma as malas e parte para um adeus não definitivo, mas prolongado. Descobre-se essa força ao olhar para tudo que se foi vivido e ter a certeza que valeu mais do que a pena, ter a certeza de que se faria tudo de novo.


Descobre-se que é puro, quando se descobre a força que tem. Descobre-se que é puro quando se ama apesar de tudo. Apesar de todos. Apesar dos pesares. Se ama. Se ama puramente. Tão puramente que chega a ser pecado pensar que há algo mais do que a mais bela amizade. É um tipo de amor que não está disponível a qualquer um. Porque não é como qualquer amor. Não é como qualquer amar. Requer liberdade de alma e espírito. Requer sofrimento e entrega total. Mas requer também que se saiba ser feliz e fazer feliz como ninguém mais consegue. É amor que supera tudo. É amor que supre o vazio da alma. Que transcende o tempo e ultrapassa um oceano de distancias. É um amor de cumplicidade. Um amor de almas. É um amor que dá a certeza de que "se nós estivermos juntos, (sempre) haverá um céu azul" nos acompanhando, assistindo nossa felicidade, nossa cumplicidade. É amor de irmãos, de alma gêmeas, de amigos que se amam mais verdadeiramente que dois amantes. É um amor para toda a vida... É o amor que nos faz superar a saudade e nos dá a certeza de um reencontro.


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Foi tudo uma questão de ótica

Teu olhar, que olhar.
Como me atrai, como me cativa, como me estremece. É avassalador. Fico impressionado com a capacidade que tens de falar, conversar, confessar, gritar, expressar, proclamar teus sentimentos, com um único e profundo olhar.
Sinto uma "fervura" no corpo, o coração acelera. Teu corpo me atrai e já não sei para onde olhar, se teus olhos me aprisionam. És linda, és bela, és perfeita. Não por ser um exemplo disso ou daquilo, esteticamente falando, mas teu conjunto, tudo em sintonia, tudo em movimento.

Nada mais me interessa, nada mais me atrai. Somente tu. Penso a cada instante na tua boca, nos teus cabelos, tuas pernas, teu tudo. E tudo isso por causa de um olhar. Não preciso de palavras, de textos, de discursos, somente olhar, profundamente.

Será que encontrarei a luz  dos teus olhos ainda nos meus? Como diz alguém:

Quando a luz dos olhos meus 

E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar...

sábado, 28 de julho de 2012

Breve e avassalador, como tudo o que é bom



Sim, o nosso romance foi exatamente assim: breve e avassalador, como tudo o que é bom nessa vida! Não temos do que nos queixar, ao menos eu não tenho, o que vivemos foi intenso, foi real e foi bom, mas chegou ao final como toda boa história de Shakespeare e Machado de Assis, mas sem os dramas e as tragédias habituais.
Não, não foi um triste fim... Foi um bom novo começo! Histórias de amor boas são aquelas que te impulsionam a querer mais amor e amar, são aquelas que mesmo quando terminam, te inspiram e motivam ainda mais a amar. Boas histórias de amor não são as eternas, são as intensas. Podem durar 60 anos ou 60 dias, mas são intensas e arrebatadoras e, ah!, como a nossa foi intensa, como fomos arrebatadores em cada momento juntos.
Alguém escreveu um dia que "do que passou, leve só o que te enriquecer" e completava dizendo "que o melhor ainda está por vir" e é essa sensação que eu tenho, que levando apenas as coisas boas dos relacionamentos que eu tive é que coisas melhores virão, você foi uma prova disso! Você foi o melhor até agora, mas ainda virá algo melhor e pode ser o último ou não, não importa. O que importa são as boas histórias de amor intensas, breves, avassaladoras e arrebatadoras que eu irei ter para contar a quem esteja disposto a ouvir, ao coração que estiver disposto a receber essas histórias, ao ouvido que estará atento aos detalhes que o tempo não vai conseguir apagar da memória.


Toda boa história, além de intensa e arrebatadora, tem seu fim e o nosso chegou! :)

sábado, 21 de julho de 2012

Hoje é o seu aniversário!

Hoje é dia de festa no Causos e Contos de Amor, é dia em que o nosso escritor Renato Moul  (Tito!) completa mais um ano de vida!


A equipe do blog parabeniza ao nosso querido parceiro e amigo e lhe deseja os melhores sentimentos e pede ao Pai que continue ajudando-o a trilhar esse caminho de sucesso!
Esperamos também que, principalmente, sua vida seja repleta de amor e com muitas histórias intensas para nos presentear no blog.





O nosso autor está em viagem, mas nosso carinho por ele chega até o leste europeu e dá aquele abraço apertado em nome de todos que o leem e dos seus parceiros de cá, a nossa equipe.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sinto


Sinto. Apenas sinto.
Sinto saudades.
Saudade do teu cheiro, do teu aroma inconfundível. Das tuas múltiplas fragrâncias que confluíam para ser apenas uma.
Saudade das tuas mãos, limpas, suaves, macias, fortalecidas pela vida e trabalho.
Saudade do teu olhar, penetrante e falante, eloquente, dono de uma linguagem que só eu entendo.
Saudade de tua voz, alvoroçadora em meu coração; mas que acalma, apazigua, tranquiliza.
Saudade de tua respiração, ritmada de acordo com minha companhia.
Saudade dos teus cabelos, longos, sedosos, refúgio e amparo, como uma tenda de estabilidade.
Saudade de tu, de tudo que és, que tens, que fazes.


Por que fui te encontrar, te conhecer; se ainda não posso te ter aqui?
Talvez, para nesse intervalo, vivenciar o fortalecimento desse sentimento, sobrevivente da saudade.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Opte em ser feliz, doce menina!

Cá estou eu de novo, sentada  a beira do Mondego. Estava a ouvir um "eu te amo" de alguém que não era o meu amor. Ao som de um blues, tudo o que eu queria nesse momento era que o Mondego levasse nas suas águas a minha tristeza, as minhas lágrimas e o meu amor. Desejo ardentemente que ele me afogue na sua imensidão e de lá eu renasça melhor, como a fênix renasce das cinzas, sem as marcas da minha dor. Talvez,  assim, eu pudesse dizer do amor que eu não tive, que não passou de mais um sonho, de mais um devaneio da minha cabeça estranha e carente de afeto. Talvez eu já não fosse mais eu, ou talvez eu fosse muito mais eu!
Mas o Mondego, assim como o tempo, passam silenciosamente e sem fazer nenhum estrago em mim. E ao som daquele blues que os rapazes tocam do meu lado, na companhia de um bom amigo, percebo que nem o tempo, nem o Mondego farão nada por mim. Cabe a mim, e somente a mim, decidir o que fazer, que caminhos seguir, qual a nova rota da minha vida sem ele, sozinha novamente.
Vamos lá, doce menina, o mundo está esperando que você decida, que você opte por você antes de optar por outrem. O mundo está a esperar que você dê mais esse passo, e cresça, e voe. E voe sobre essas águas calmas, ao som dessa música pálida.

Opte em ser feliz, doce menina! O amor não é algo com o qual você possa. O amor é maior que o seu controle. Cabe a você decidir se vale a pena ou não correr os riscos de algo que você não pode controlar. Cabe a você a decisão de ser feliz, com ou sem o seu amor!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Informamos

Informamos que durante as duas semanas que se seguem não haverá publicações de nossos escritores por consequência da época de provas da Universidade de Coimbra.
Retornaremos em breve!

terça-feira, 12 de junho de 2012

História do dia dos namorados



E hoje é o dia dos namorados!
Você sabe porque comemoramos essa data? Vamos aos dados históricos sobre esse dia tão apaixonante.
Nos EUA e na Europa essa data é comemorada no dia 14 de fevereiro, por quê? Porque nesse dia, no ano de 270, o bispo Valentim, da Igreja Católica de Roma, foi decaptado por ter desrespeitado o decreto do imperador Claudius II, que proibia que ele realizasse cerimônias de casamento. Enquanto esteve preso, São Valentim recebeu muitos bilhetes e cartões  de jovens apaixonados valorizando sua nobre atitude em favor do amor e do casamento. E é em sua homenagem que essa data é destinada aos casais apaixonados de toda a Europa e EUA.

Nos EUA nesse dia é celebrado o amor. Nesse dia pais e filhos, irmãos, namorados, noivos, casados, amigos, todos comemoram e se presenteiam em demonstração de amor.

E porquê no Brasil comemoramos a data no dia 12 de junho? Em terras tupiniquins a data de celebração do amor está relacionada ao frei português Fernando Bulhões, mais conhecido como Santo Antônio, pois em seus sermões o frei sempre destacou a importância do amor e do casamento. Foi por isso que, após sua canonização, o frei ganhou a fama de santo casamenteiro.

 
Não, a nossa história não foi tão trágica como a do Valentine's Day, ninguém precisou morrer em nome do amor, desse modo, a nossa data não celebra a morte de ninguém em favor dos apaixonados. A data foi escolhida por ser a véspera do dia do Santo do Amor, segundo o calendário católico, que é dia 13 de junho.

Aos casais que estão juntinhos, eu desejo que esse dia seja intenso e cheio de amor, e que esse amor se perpetue por todos os dias dos vossos relacionamentos. Aos casais que estão distantes, eu desejo que essa distância seja superada de alguma forma e que esse dia seja tão intenso e maravilhoso quanto o dos casais que estão juntinhos.



E que o amor nos invada nesse dia tão bonito!!! :)



 *Os casais das fotos são nossos amigos.

Votos para os "valentines"

Passando somente para desejar Feliz Dia dos Namorados.
Caros leitores, junte-se, entrelace-se, amarre-se, envolva-se.

Há pessoas fantásticas espalhadas nesse tão grande mundo. Os que estão só, é tempo de amar.
Os que já estão a amar, continue a amar.
Essa é a mensagem, não basta namorar, tem que saber amar!
Felicidades!!!

domingo, 10 de junho de 2012

Eu. Você.

O que eu queria agora? Fechar os olhos e acordar do teu lado, sentindo teus dedos entrelaçados aos meus, teu olhar cruzando com o meu, ouvindo teu coração pulsar no mesmo ritmo que o meu. O silêncio. Eu. Você. Uma música da Norah Jones. Um céu estrelado. Uma lua acesa só para nós dois. Tua voz baixinha, me dizendo que aquilo é tudo nosso. Um beijo apaixonado de tirar o fôlego e fazer tremer as bases. Tua mão passando suavemente pelo meu rosto, afastando meu cabelo, contornando meus lábios e sabendo que é tudo seu. Nossas mãos novamente se encontrando. Nosso desejo sendo só um ao outro. Nosso mundo sendo só isso.
Abri os olhos. Você não estava lá.

O tempo que não curava

"Tudo dará certo, só tenha um pouco mais de paciência. Eu te amo." foi com essas palavras que ele se despediu de mim na noite anterior.

"Precisamos conversar, estou indo aí." foi com essas palavras que ele me acordou no outro dia. E foram essas palavras que deram início a um dos piores dias do nosso relacionamento.

"Precisamos dar um tempo!" foram as palavras que se seguiram... e foi o silêncio que respondeu por mim naquele momento, se falasse desabaria em choro e seria humilhante de mais fazer isso em sua frente. Ele não precisava saber que eu ficaria mal todo esse "tempo" distante dele. Ele não precisava saber que eu não queria dar tempo, eu só queria tempo com ele. As horas seguintes foram cruéis.

Fui ao meu lugar de paz, o lugar onde eu consigo conversar comigo mesma e com Deus sem ninguém para interromper, mesmo estando cercada por muitas pessoas em uma bela tarde de domingo. Chorei e chorei por horas a fio, sem me importar com todos os olhares que me lançavam naquele lugar. Naquele momento nada mais me importava a não ser chorar e não pensar em nada. Pensar doía. Estar em minha companhia estava sendo insuportável para mim. O parque estava barulhento, cheio de vida. Eu estava silenciosa, cheia de vazio.

Duas horas depois as suas palavras ainda ecoavam na minha mente, e o tempo que devia curar todas as feridas estava a abrir novas e profundas feridas em mim. De repente alguma coisa me acordou da dormência em que tinha me colocado, na tentativa de não sentir aquela dor, era uma mensagem dele. Queria conversar comigo. Não queria ouvir. As palavras que tinha me dito de manhã ainda ecoavam em minha mente e ainda machucavam como se tivessem sido lançadas naquele momento. Aceitei. Não resisto aos seus pedidos.

Uma tarde inteira correu entre a nossa primeira e a nova conversa. Foram horas incontáveis dentro de mim, tentando me controlar, tentando controlar o rio de lágrimas e nada que corria dentro de mim. Voltamos ao meu lugar de paz, agora vazio e silencioso como eu. Mas agora quem queria vida e barulho era eu. Aquele silencio dele me matava segundo a segundo.

"Eu não sei viver sem você." foram as palavras mais doces e suaves que romperam aquele silencio e aquele vazio. Foram as palavras que transformaram aquela noite sem vida e sem graça, em uma das noites mais bonitas.

Beijamo-nos, a lua no céu abençoou o nosso amor.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Tratando palhas, colhendo amores


Debulhar o trigo, remover cada bago de trigo...
Assim como se colhe um fruto e muitas vezes ele não está pronto para ser consumido, ao criarmos um laço de amor, precisamos tratá-lo, antes de vivenciar seu sabor.
Agradamo-nos do olhar, do cheiro, da beleza, da elegância, ou de qualquer outro atrativo (muitos dos quais não percebido por nenhuma outra pessoa, a não ser o amante); mas ao conviver, sentimos que a palha não nos  agrada. Ela é seca, dura, intransigente, inconsumível, intratável. E agora, jogo fora? Destrato, maldigo, rejeito? 


Não, definitivamente, não podemos perder a semente que florescerá em tão grande sentimento, por causa de uma capa, cápsula, rótulo ou receptáculo. Vale a pena o tratamento, que embora seja desgastante, leva-nos ao encontro da sustentação, do "saciar", da satisfação. Não exclua pessoas, amores, amantes de sua vida, por causa de um mero tegumento superficial, lá dentro pode haver uma rica reserva, que trará alegria ao teu coração.


Tratando palhas, colhendo amores!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Secreta paixão, guardado segredo


Todo mundo já teve uma paixão secreta. Guardada a sete chaves, se é que elas podem ser quantificadas. Sentir aquele tremor ao ver a amada, sentir um aroma que nenhuma célula olfativa dá conta, sentir a suavidade da voz, sentir a beleza, a delicadeza, a elegência, a virtude, porém, não poder expressar todo esse sentimento.

Todas as vezes que conquistamos algo bom na vida, nosso maior desejo é externar, expressar, anunciar ao mundo, tão regozijante presente. Queremos que as pessoas saibam que estamos felizes e que fazemos outro ser feliz. Mas há momentos que as palavras e acenos não resolvem. À partida isso é ruim, angustiante, um sacrilégio. Mas na verdade, apenas serve para aumentar o amor e fazer-nos mais fortes. Ninguém vê, percebe ou testemunha, mas ao cruzar o olhar de sua amada, o mundo pára; ou não, gira, gira, gira, até não poder mais. Tudo à volta corre no mais monótono ritmo, mas seu coração bate descontroladamente, adrenalina e serotonina correm soltas pelas veias, os potenciais de ação se iniciam, não há mais canais de sódio que consigam permanecer fechados.

Há uma sintonia, há uma harmonia, há uma sinergia. Entrelaçados, vivenciamos o amor na sua mais potente ação; sentimos um pertencendo ao outro, nada mais nos separa. A omissão apenas serve para satisfazer um tosco motivo, uma conveniência. Mas uma paixão não pode ser sufocada por um mero cuidado. Talvez isso seja o legal, ter um tesouro no baú e não precisar abri-lo, para desfrutá-lo.

O tempo vai passar e com certeza todos saberão, mas até lá, eu e ela, ela e eu, estamos entrosados na mais perfeita comunhão. Os desavisados passam e repassam, não nos veem, mas um dia verão e testificarão de nosso lindo amor. Já percebi que as paixões secretas, são as melhores!!!

domingo, 27 de maio de 2012

Palavras coracionalizadas


                                                                        






                                                           












                                                            Sei                    que
                                                       o amor é              bem difícil
                                                    de explicar e         e até mesmo de
                                               descrever com tais palavras que usamos.
                                            Mas um amor sincero é inconfundível sim, sim
                                           Pois num abraço, aperto, beijos, sussurro, alento
                                               Nos faz sentir paz, um gosto de quero mais.
                                                Sempre te amei, sem mesmo saber, assim
                                                  Te amarei, ciente, consciente, e ao fim
                                                          Mostrar-te-ei, sem palavras
                                                             Mas com atitudes, que
                                                                   Sou teu e tu és
                                                                     minha, amor.
                                                                        Amo-te!








Vem



Eu
não sei
o que me dá
quanto te vejo, aqui.
Move-se tudo, vira-se sim
Um vulcão em erupção o meu
pobre e monótono coração apaixonado.
Sinto uma alegria expressada no rubor da face,
Na tremedeira da mão, que procura em vão se aquietar,
Ou na respiração ofegante, suplicante, alarmante, reconfortante.
Mas, basta despareceres de minha vista, como uma luz esvaída na escuridão:
Tudo muda, tudo inverte, tudo perde a noção, triste fica o coração.
Perco a mente, perco a direção, os sentidos jã não controlo,
fico à esmo, no oceano da vida, sem tua terra à avistar.
Choro, maldigo, infelicito, amaldiçoou, detesto,
aquilo que te levou de mim. Sou uma folha
seca, caída, fraca, morta, sem teu tronco
Sem tua força, sem tua beleza, sem Ti.
Não sei o que faço, nem o que sou,
Clamo, reclamo, proclamo,
PRECISO DE TI, sim
Não vivo sem ti.
Volta, vem,
Ama-me,
Amor
Tu.


sábado, 26 de maio de 2012

Porque o amor existe e é mais simples do que pensamos

Conselhos de uma mulher que perdeu seu amor e hoje quer não só compartir comigo e contigo a sua tristeza e sua experiência, como quer mostrar a ele o quanto foi importante em sua vida.
Clicas no link acima e segues os conselhos de alguém que, como eu, sabe a dor de tentar complicar demais as coisas e acabar por perdê-las... Porque se gostas, lutas até o fim e faz o que puderes para ficar com ele, se não conseguires falar, faz como nós, escreve, se sentes, mostra. Deixe-o seguro e colocá-te segura, e não compliques o que é simples demais. Sente, vive e ama a quem tens por perto, porque bons homens ainda existem, cabe a tu não deixares que ele parta da tua vida.


"Não corras o risco de o perderes, como eu, porque o amor existe e é mais simples do que pensamos."

domingo, 20 de maio de 2012

Laços de goma de mascar


Samara amava Vicente, mas ele não tinha ciência disso. A cada dia, os olhos dela não mais orbitavam em perfeitas condições, mas viviam em desintegrada sintonia, bastava encontrar a imagem preferida, Vicente. O rapaz, por sua vez, tudo ignorava na mais pura inocência; saía e entrava, subia e descia, falava e se calava, ouvia e redizia, sentia e ignorava, luzia e reluzia; mas nada alterava sua rotina, pacata e mesquinha.

O sentimento era tão forte, que a menina já não vivia por si só, apelava à existência do amado. No dia que não lhe via, sentia uma agonia. Estudavam na mesma escola, em salas vizinhas, partilhando o mesmo espaço. Do local onde Samara se sentava, conseguia avistar o seu "amor", através da larga janela que existia na parede oriental da sala de aula; o rapaz se sentava num ângulo que permitia ser iluminado, pelo sol, por boa parte da manhã, o que lhe conferia um brilho natural, contibuindo para sua aparência divinizada pela amante.

Mas um dia, tudo mudou. Núbia, uma garota esbelta, de longos cabelos castanhos e olhos penetrantes como espadas medievais, chegou na escola e foi encaixada na turma de Vicente. O rapaz, agora em explícito, viu-se cortejado (aparente inversão) pela novata. Recebia beijos de bom dia, lanches partilhados, respostas de exercícios, livros emprestados. Tudo acontecia muito rápido; apenas um aviso (por parte dele) de ajuda oferecida, foi um gancho para a recem chegada menininha. O que era uma admiração apaixonada tornou-se um suspense sufocante, Samara não sabia o que faria.

Até que um dia, numa aula extra classe, ao visitarem uma fábrica de chicletes, a romântica secreta resolveu rasgar o verbo, antes que perdesse seu iluminado, por uma sombra intrometida, que há muito já não lhe permitia ver o rosto idolatrado, entre as palavras do ensino. Em meio às explicações do instrutor, Samara desviou-se do caminho, chegando-se perto da turma de Vicente. Sem saber o que falar, olhou para ambos os lados e viu uma grande caixa, cheia de chicletes, uma ideia lhe sobreveio, como uma pancada na nuca. Começou a abrir todos os chicletes, mastigando-os rapidamente, um por um, até não mais ter forças em seus leitosos dentes. Já haviam dezenas de gomas mascadas, envolvidas na saliva apaixonada. Como num sobressalto, a garota começou a esticá-los, mordendo uma extremidade e puxando a outra com os dedos; ao passo que fazia isso, juntava uma extremida na do próximo chiclete, prendendo a primeira no cardaço do tênis. À medida que o cordão ia crescendo, a menina enrolava-o no próprio corpo, como se estivesse se mumificando. Em poucos minutos, esse era o resultado, uma múmia de tutti fruti.

Correndo incansavelmente, aproximou-se do grupo, já há muito afastado, gritando para todos:
-Parem, parem, eu preciso falar uma coisa!

Os colegas, assim como a professora e o instrutor, voltaram-se todos assustados. Ninguém dizia uma palavra, nem mesmo a docente, que era conhecida por sua tagarelice.

-Eu, eu...- começava o nervosismo, mas Samara não poderia voltar atrás- Eu tenho uma confissão a fazer. Há muito tempo estou assim, enrolada, enrascada, envolvida, enlaçada, embaralhada. Por você, Vicente, eu estou assim, eu te amo.

Agora todo o silêncio foi quebrado, a ponto de se sobressair em meio ao grande barulho das máquinas industriais. Todos gritavam, aplaudiam, assobiavam, até mesmo a professora ficou emocionada. O menino Vicente, porém, não sabia o que fazer. Samara, sem perder tempo, setenciou:

- Eu gosto de você, Vicente, gosto muito, não paro de pensar em você. E nunca te disse isso, mas hoje criei coragem, e quero que todo mundo saiba, que sem você eu não vivo.

Samara era uma menina muito bonita, simples, o que só aumentava sua beleza. Vicente tambem sabia que ela era uma das menina mais inteligentes da turma A, e ficou balançado por aquela declaração. Nunca imaginou que aquela menina, com a qual ele nunca havia trocado uma palavra, nutria tão profundo sentimento por ele. Sem perder tempo, impulsionado pelo ardor da paixão súbita e explodida, perguntou:

- E o que eu preciso fazer, para ficar com você?
- Apenas dizer sim, e depois tirar todo esse chiclete, se não, não aproveitarás nadica de nada.
- Sim, eu quero, e como prova, vou tirar esse chiclete todo, um por um, e com a boca.

Naquele dia, uma sincera, ou melhor, duas, sinceras provas de amor foram dadas, mostrando que para amar, basta ser amado.



sábado, 19 de maio de 2012

Crônica do amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim. 

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
Arnaldo JaborLi esse texto ontem e comecei a perceber que é exatamente assim que funciona o amor. Não nos interessamos por caras legais, que nos garantem um futuro estável, nos apaixonamos mesmo pelos cafajestes, que tem um algo a mais que abala nossas estruturas e nos deixa vulneráveis a seu charme e seus encantos.
Eu poderia ter homens especiais e compreensíveis, mas prefiro ter um complicado, que não me entende tão bem, que não é tão atencioso quanto eu esperava... Mas é por ele que meu coração acelera, é com ele que meu dia fica mais bonito. É ele que me irrita e me ama ao mesmo tempo. É dele que eu gosto e isso é a graça do amor, isso é o amor.
Arnaldo Jabor, obrigada por traduzir tão perfeitamente em palavras os nossos sintomas de amor imperfeito, que se torna perfeito justamente na sua imperfeição.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Não só mulher...mas brasileira!

Meninas do meu Brasil, escrevo esse tópico especialmente para vocês.
Sim, as mulheres brasileiras possuem um tom mais do que especial...


São fortes, guerreiras, batalhadoras, invencíveis, avassaladoras, sagazes, perspicazes, surpreendentes, altruístas, elegantes, desprendidas, sinceras, agitadas, tresloucadas, impulsivas. E acima de tudo, românticas.
As morenas tropicanas ou as brancas lactoses, rubras rosas ou pardas girassol, todas contribuem para um "fervilhão" de sentimentos, que nos arrebatam aos mais lânguidos ou beligerantes relacionamentos.


Olhos azuis, verdes, pretos ou castanhos; peles macias ou calejadas no trato da cana; cabelos encaracolados, que nos enroscam em seus segredos, ou lisos, como a seda de Líbano; dedos suaves, que produzem toques inconfundíveis; pés tratados ou arrasados pela areia seca do sertão; lábios finos, como a lâmina atroz de canivetes ressabiados, ou grossos e carnudos, como polpas e mesocarpos.


Multiculturais, plurissignificativas, variavelmente variadas, polivalentes, infinitamente, incomparavelmente...mulheres brasileiras!!!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

...

Você me pergunta o porquê do meu riso toda vez que você me beija. Eu nunca te respondo. Eu sempre penso que aquele momento não é apropriado para eu te dizer. Que aquele nosso momento não tem que ser interrompido por explicações. Só pelo meu riso. Só pela minha felicidade de ter você cá, pertinho de mim. De sentir a sua pele na minha. Sua respiração em sintonia com a minha. Seu olhar tão próximo do meu. E saber que tudo isso cabe num instante, em alguns segundos em que os nossos lábios se tocam. Eu queria eternizar esse momento. Capturar ele e guardar em um lugar onde todos pudessem ver e sentir a mesma felicidade que eu sinto toda vez que a sua boca procura a minha. Mas eu não consigo te dizer o porquê do meu riso depois que esse momento passa. Você não entenderia o que você produz em mim. Você talvez nunca entenda a quantidade de bons sentimentos que desperta em mim a cada olhar que me lança. A boa energia que fica depois que os nossos lábios se separam. E a vontade de ter você comigo sempre. E o aperto no coração que dá quando você diz que tem que ir. E a saudade que fica quando você vai embora. E todas essas emoções juntas quando você me chama de “amor”.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Comunicamos

Durante a próxima semana não haverá publicações no Causos e Contos de Amor, por ser a semana da Queima das Fitas cá em Coimbra e toda a equipe CCA estará viajando.
Prometemos que os compensamos na volta com boas histórias de amor da Grécia, da Inglaterra e da Irlanda.
Beijinhos a todos!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Pedra sobre pedra

Se tudo corresse como a gente espera, quase nada seria razavoelmente imperfeito. Vejá lá que sempre planos fazemos, construindo bases sólidas em sonhos concretos de pensamentos fundados no mais firmes sentimentos. Mas, ao soprar da brisa ressonante ou do leve furacão sentimos a flexibilidade, eufemisticamente falando, daquilo que edificamos. Há sentimentos levantados pedra sobre pedra, rocha sobre rocha, emassados, figurados, desenhados, coloridos e retocados, para, num simples movimento de mãos trêmulas e insignificantes, destruirem-se a meio fio.

Não percamos a sensibilidade de reconhecer um sentimento (nesse caso refiro-me aos que nutrem o amor, e até esse último propriamente dito) e suas múltiplas facetas. Um bom amante não é aquele que tem o edifício mais alto, mas o mais solidificado. A exuberância e a beleza fundamentados em fúteis e frágeis fundamentos, nada mais são do que carcaças amontoadas sobre uma poligonal insensatez. Prefiro os casebres, ocas, palafitas, barracos e choupanas, simples e humildes, porém INABALÁVEIS. Aparências aparentemente fracas, mas que suportam ventos e ondas das mais sórdidas naturezas, encabeçados até pelos mais vis movimentos e intenções. Olhe para seus pés, suas palavras, seus sonhos; são os seus chão, paredes e tetos. O que pisas? O que te comporta? O que te ampara?


Sustente suas bases como uma pedra angular...e o mais grotesco vento não poderá te arruinar.
O que carregas em tua mente e coração...deve-se ser forte para vencer o furacão!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Conclusão




    
Se ele disse adeus
Foi à Deus
Porque eu juro que não ouvi.
     
           (Renata Santana*)









*Poetisa pernambucana

terça-feira, 1 de maio de 2012

Lucro final

Perco o sono,
perco dinheiro,
perco amigos,
perco o tempo,
perco aula,
perco o ônibus,
perco a comida,
perco o jogo,
perco a festa,
perco a saída.
Perco a paciência,
perco o apetite,
perco a inocência,
perco a chatice,
perco tudo,
só não perco o "estar com ela".

domingo, 29 de abril de 2012

Amor é pra quem ama

Como cantou Lenine, amor é pra quem ama. Não são todos que sabem amar. Não são todos que sabem deixar ser amados. Talvez seja esse o grande problema. Talvez seja esse o motivo de tantos amores não correspondidos, tantos amores mal amados e mal vividos.
Não são todas pessoas que estão habilitadas ao amor. Algumas não sabem amar. Outras não sabem ser amadas. Eu, sinceramente, não sei vos dizer qual desses é pior. Quem não sabe amar, é triste. Nunca desfrutará dos prazeres de uma paixão avassaladora ou de um amor quietinho, tranquilo, sereno, que traz brisa suave ao coração, a mente e a alma. Mas quem não sabe ser amado também é triste. É triste porque não consegue se deixar acariciar pelo doce toque de quem ama. É triste porque nunca conseguirá fazer o outro plenamente feliz ao lado seu. É triste porque sabe que  a qualquer momento pode vir outro alguém, que sabe amar e ser amado, e levar aquele por quem ele não se deixou ser amado. É triste porque a vida sem amor não tem cor. Perde a graça e o encanto. É triste porque são olhos dos apaixonados que enxergam além. São os corações dos apaixonados que fazem coisas grandiosas. São os apaixonados que sabem dar amor sem reservas, mas que também sabem receber amor sem medida.
 É, o amor não é para todos, é só para quem sabe amar e ser amado. É só para quem ama.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Mas o que é o amor?

Eu não sei como falar, só sei que falo. Há sentimentos que não se podem descrever, como sempre afirmam os eternos apaixonados. Mas é verdade, o amor não permite ser descrito em toda a sua totalidade. Isso porque nem tudo é vivido na sua essência: há amor de aparência; há amor de interesse, onde os beijos e carinhos são os últimos elementos a serem trocados; há amor de adolescente, em que tudo é motivo para faces enrubescidas. Há amores infantis, que em toda a sua inocência, servem de inspiração. Há amores da terceira idade, onde para alguns filósofos, realmente se experimenta a veracidade de um verdadeiro amor.
Há amores passageiros, que mereciam outro nome que não esse; há amores que viram paixão, depois viram amores, voltam a ser paixão e depois não se sabe mais aonde está. Há amores duradouros, inexoráveis, platônicos, Shakespeare que o diga.
Há amores tímidos, retraídos, escondidos e confidenciados; haja endolinfa para propagar tanto cochicho nos canais semicirculares. Há amores depravados, aturdidos, ignorados, confudidos, embaraçados. Diz-se que ama e já não sabe se ama, são os amores indecisos, ou seriam os ignorantes?
Há amores sofridos, não correspondidos, chantageados, iludidos. Há amores acabados, retomados, destruídos (embora digam que ele nunca acabe). Há amores feridos, há os que saram; há os que doem, há os que curam; há os limpam, há os que sujam.
Não acredito que sejam vários os tipos de amores... O que variam, são os seus amantes!

O que produziam os beijos dele

Os seus beijos faziam-na esquecer do mundo, esquecer dos problemas e da vida.
Vamos capturar esse momento, registrar essa poesia gratuita da vida e eternizá-la, nem que seja somente em nossa mente insana.
Os seus beijos coloriam o dia dela e transformavam tudo em poesia.
Vamos fazer desse nosso mundo, o mundo real. Vamos viver esse instante com a intensidade que se vive a realização de um sonho ou os últimos dias de nossas vidas, quando esses já nos são anunciados.
Os seus beijos transformavam a melancolia da chuva na delicadeza de uma chuva colorida de flores.
Vamos transformar essa poesia em vida e distribuí-la pelas esquinas, aos que já perderam os encantos dela, aos que ainda não se perderam nos encantos dela, aos que ainda nem se quer entraram nela.
Os seus beijos eram pequenos instantes da eternidade.
Vamos pegar o sonho e transformá-lo em música. Fazer um jazz com a vida e dançá-lo juntos. E bailar pela vida cada nota com a perfeição exata de um caos ordenado.

A verdade sobre o amor

E no amor é assim, a gente se encanta, se apaixona e tudo é graça e poesia... depois a gente se esquece, se perde e caso não se encontre na pessoa amada logo, a gente procura outras pessoas em quem se reconhecer, por quem se encantar e se apaixonar e que vai fazer nosso mundo ter colorido, graça e poesia de novo. Sei que não é muito romântico isso, mas é a verdade do amor. É a verdade da vida.
Porque não amamos gratuitamente, não amamos abnegadamente a outra pessoa, como queríamos. Amamos porque precisamos de algo em troca, precisamos do carinho e da atenção que devotamos ao outro. Amamos porque nos ensinaram que tudo que vai voltar, que aquilo que plantamos, colheremos. Amamos dessa forma porque somos egoístas demais para pensar só no bem e na felicidade do outro, ao fim e ao cabo pensamos mais em nós e no nosso bem estar do que na outra pessoa. Mas acima de tudo, amamos assim porque não nos foi ensinada outra forma de amar.
E quando não recebemos aquilo que damos ao objeto do nosso amor, procuramos (talvez inconscientemente, não sei!) logo outros olhares e outros corações que estejam dispostos a nos devolver tudo que lhes damos. E assim caminha a humanidade dos apaixonados, vamos nos encantando e nos apaixonando tantas vezes em nossa vida, alguns pela mesma pessoa, outros por novas pessoas. Mas tudo que nós queremos, verdadeiramente, é um sorriso aberto quando chegarmos em casa, são braços dispostos a nos abraçar ao final de cada dia e um coração aberto a nos acolher a qualquer momento.

Eita ciclo vicioso...


Um olhar
Uma certeza
Um segredo
Uma firmeza
Uma imagem
Um descontrole
Um suspiro
Uma sensação.
Uma coragem
Uma surpresa
Um desatino
Uma leveza
Um amor
Uma ação.
Um sonho
Uma realidade
Uma história
Uma verdade.
Um cheiro
Uma fragrância
Um carinho
Um agrado
Um beijo
Uma carícia
Um desejo
Um cuidado.
Um descuido
Uma palavra
Um presente
Uma briga
Um conflito
Um muxoxo
Uma chatice
Uma birra.
Uma melancolia
Uma humildade
Uma resistência
Um charme
Uma inclinação
Um beijo
Um abraço
Um sorriso
Um perdão.
Uma moça
Um rapaz
Um brinde
Uma paz
Uma jura
Uma paixão
Uma paixão
Uma paixão
Uma paixão
Uma paixão
Uma paixão
Uma paixão
Uma paixão......