quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Tua brisa como furacão me abana


Quando estou perto de ti, tenho sensações inexplicáveis.
Sei que tua presença me produz conforto e ao mesmo tempo uma agitação indescritível. Sei por que sinto. É uma mistura de coisas distintas que ao fim das contas ressoa como uma só.

Talvez faças tudo com uma enorme simplicidade, com calma e serenidade; mas me atinge com poder, com força, com movimento. Teu olhar, teu sorriso, teus gestos, tuas palavras, vejo em tudo a potência do amor.
Se me olhas, uma lança de prazer se aprofunda em meu peito; se me falas, uma trovoada me acalenta; se me tocas, uma ventania me cerca em alegria.


Não há como conter a satisfação que tenho, ao ter-te perto de mim. Não sei explicar; talvez seja tua simplicidade, ou tua complexidade; mas tudo que fazes me envolve num movimento, que não pára, que não me cansa, que não me fatiga!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

domingo, 9 de setembro de 2012

Ame, ame, ame


Se as pessoas tivessem mais coragem de amar, seriam sem dúvida mais felizes.
Dedico essa postagem para falar de um outro tipo de amor, o "amor ao próximo".
Esse é a base de todo e qualquer relacionamento, seja de casais, de colegas, de vizinhos, ou até mesmo de desconhecidos. Todo ser humano tem a necessidade de amar e ser amado. E o modo mais simples de exercitar esse sentimento está aberto é o relacionamento inter pessoal.

Há pessoas que nutrem, isso mesmo, nutrem uma dificuldade imensa em se relacionar com o outro, e ainda de se entregar e integrar. Pois ao amar perdemos algo nosso a fim de dá-lo a outrem. Mas na verdade, não é perca, é investimento, é empreendedorismo; afinal de contas o que aqui plantamos, aqui colhemos.

Seja feliz e faça as pessoas felizes ao seu redor. Não guarde tudo para si, não se feche em seu mundo, não se individualize em um cerco de egoísmo e frieza; abra as portas, crie pontes, derrube muros, ame, ame, ame. Estenda a mão, enlace os braços num sincero abraço; dispense sorrisos, enxugue lágrimas, ame, ame, ame. Muitas vezes exigimos retornos, reconhecimentos, gratidão, daquilo que não oferecemos. Salvo os ingratos de plantão, todos reconhecerão suas atitudes, se elas realmente existirem e forem saudáveis.

No mundo atual, onde as amizades e relacionamentos são facilitados pela alta tecnologia, laços (por incrível que pareça), se fragilizam e até mesmo se destroem. Há uma crescente necessidade de amor, mesmo que não seja reconhecida. E aquele que consegue amar, no sentido literal da palavra, o amor agape, incondicional, o amor philos, fraterno e ajudador, com certeza será bem sucedido na vida. Às vezes quer-se investir em namoros e casamentos; quando na verdade um pão não se divide, um olhar não se partilha, uma mão não se estende, uma palavra não se dita. Olhemos ao nosso redor e façamos uma análise na balança da vida: será que o amor tem sido relevante por minha parte? Ou sou um ser não percebido, haja vista minha inexistente partilha?


Tudo melhorará, tudo se criará, tudo se endireitará, quando amarmos profundamente. Não só o amor eros, entre um lindo e apaixonado casal (como sempre retratamos aqui), mas amor entre amigos, entre família, entre desconhecidos (repito). Veremos que aos nos doarmos, o retorno vem como um fluxo de nova partilha, que novamente se doa, onde, logo mais, já não se demarca, marca ou registra, o que é teu e o que é meu.

E o conto de fadas...

E você cresce ouvindo sobre esse tal de amor eterno. Mas, quando a realidade da vida adulta bate a sua porta, você recebe a conta desse tal amor e ela vem debitada em pequenas prestações de coisas desagradáveis e alguns poucos momentos felizes. Não estou sendo pessimista em relação aos relacionamentos, mas é assim que eles funcionam: no começo tudo são maravilhas e os problemas mínimos, depois a coisa se inverte e o que era mínimo passa a ser máximo e o que era máximo passa a ser bem menor que o mínimo de antes, faço-me entender?
Aí você me pergunta: Então, Bárbara, você está dizendo que tudo num relacionamento é ruim? Não. Mas os momentos bons cobram de você um sacrifício imenso e diário, que são compensados sim, mas que para algumas pessoas não são um esforço ao qual elas estejam prontas ou dispostas a fazer.

A realidade do amor eterno e verdadeiro, que vem todo cor de rosa na nossa infância, é dura e para poucos. Esse amor fácil e bonito só combina nos belos contos de fadas dos irmãos Grimm.

Não, essas não são palavras amargas de uma solteirona desiludida, são apenas, parafraseando a Clarice Lispector, palavras de um amor realista e não romântico, um amor de quem já sofreu de amor. 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Laços


"O que nos une é tão forte".
Já ouvi tantas vezes essa expressão, e sempre me indagava o que podia ser tão forte, na ligação entre duas pessoas. O que poderia ser tão firme e seguro, a fim de unir e dar a certeza de que nada se desfará.

Com o tempo descobri, com as relações, com as vivências, com a vida, descobri que o AMOR tem esse poder. Num mundo com facilidades, agilidades, onde todos correm e cansam, ainda há amor. Diz-se que com o tempo se aumentará a iniquidade e o amor de muitos esfriará, mas ainda assim há um remanescente que ama, que possui esses laços de união.

Os laços do amor não são algemas, como alguns dizem, nem tampouco cadeias, pois esse mesmo  sentimento não escraviza, mas liberta. E como alguém pode ser liberto, sendo tão unido a outrem. Exatamente aí está o "x" da questão. A certeza do amor nos dá a segurança que a pessoa amada não se irá de nós. Então alguns perguntam: e porque depois de um tempo algumas pessoas outrora tão unidas, se separam? A resposta só pode ser uma: porque o amor acaba. E findo o amor, esvai-se a força de qualquer laço, torna-se uma fita frágil e dissolvida.

Mas enquanto houver amor, há essa ligação tão estreita e agradável, essa vontade de "estar" e "ser" junto com alguém. O desejo de estar tão perto, que era melhor estar colado. Mas é que o amor nos faz ver o outro com um ser igual, idêntico, em que nos espelhamos. Todo e qualquer segundo é proveitoso, sempre com um gostinho de quero mais.

Vivamos esses laços, em amor é claro. Pois quem ama, une-se; e nada pode destruir esses laços, enquanto houver amor!