domingo, 9 de setembro de 2012

E o conto de fadas...

E você cresce ouvindo sobre esse tal de amor eterno. Mas, quando a realidade da vida adulta bate a sua porta, você recebe a conta desse tal amor e ela vem debitada em pequenas prestações de coisas desagradáveis e alguns poucos momentos felizes. Não estou sendo pessimista em relação aos relacionamentos, mas é assim que eles funcionam: no começo tudo são maravilhas e os problemas mínimos, depois a coisa se inverte e o que era mínimo passa a ser máximo e o que era máximo passa a ser bem menor que o mínimo de antes, faço-me entender?
Aí você me pergunta: Então, Bárbara, você está dizendo que tudo num relacionamento é ruim? Não. Mas os momentos bons cobram de você um sacrifício imenso e diário, que são compensados sim, mas que para algumas pessoas não são um esforço ao qual elas estejam prontas ou dispostas a fazer.

A realidade do amor eterno e verdadeiro, que vem todo cor de rosa na nossa infância, é dura e para poucos. Esse amor fácil e bonito só combina nos belos contos de fadas dos irmãos Grimm.

Não, essas não são palavras amargas de uma solteirona desiludida, são apenas, parafraseando a Clarice Lispector, palavras de um amor realista e não romântico, um amor de quem já sofreu de amor. 

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