quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sinto


Sinto. Apenas sinto.
Sinto saudades.
Saudade do teu cheiro, do teu aroma inconfundível. Das tuas múltiplas fragrâncias que confluíam para ser apenas uma.
Saudade das tuas mãos, limpas, suaves, macias, fortalecidas pela vida e trabalho.
Saudade do teu olhar, penetrante e falante, eloquente, dono de uma linguagem que só eu entendo.
Saudade de tua voz, alvoroçadora em meu coração; mas que acalma, apazigua, tranquiliza.
Saudade de tua respiração, ritmada de acordo com minha companhia.
Saudade dos teus cabelos, longos, sedosos, refúgio e amparo, como uma tenda de estabilidade.
Saudade de tu, de tudo que és, que tens, que fazes.


Por que fui te encontrar, te conhecer; se ainda não posso te ter aqui?
Talvez, para nesse intervalo, vivenciar o fortalecimento desse sentimento, sobrevivente da saudade.

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