segunda-feira, 23 de abril de 2012

Mas o que é o amor?

Eu não sei como falar, só sei que falo. Há sentimentos que não se podem descrever, como sempre afirmam os eternos apaixonados. Mas é verdade, o amor não permite ser descrito em toda a sua totalidade. Isso porque nem tudo é vivido na sua essência: há amor de aparência; há amor de interesse, onde os beijos e carinhos são os últimos elementos a serem trocados; há amor de adolescente, em que tudo é motivo para faces enrubescidas. Há amores infantis, que em toda a sua inocência, servem de inspiração. Há amores da terceira idade, onde para alguns filósofos, realmente se experimenta a veracidade de um verdadeiro amor.
Há amores passageiros, que mereciam outro nome que não esse; há amores que viram paixão, depois viram amores, voltam a ser paixão e depois não se sabe mais aonde está. Há amores duradouros, inexoráveis, platônicos, Shakespeare que o diga.
Há amores tímidos, retraídos, escondidos e confidenciados; haja endolinfa para propagar tanto cochicho nos canais semicirculares. Há amores depravados, aturdidos, ignorados, confudidos, embaraçados. Diz-se que ama e já não sabe se ama, são os amores indecisos, ou seriam os ignorantes?
Há amores sofridos, não correspondidos, chantageados, iludidos. Há amores acabados, retomados, destruídos (embora digam que ele nunca acabe). Há amores feridos, há os que saram; há os que doem, há os que curam; há os limpam, há os que sujam.
Não acredito que sejam vários os tipos de amores... O que variam, são os seus amantes!

4 comentários:

  1. Me encaixando em alguns desses amantes aí. hahaha
    Muito bom o texto, Moul! :)

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  2. Hashaushs, essa desconstrução teórica no final foi ótima.
    Passei o texto todo concordando com as prováveis facetas do amor até que no final tive que concordar que são os amantes mesmo, rsrs.
    Muito bom!

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