sexta-feira, 8 de junho de 2012

Tratando palhas, colhendo amores


Debulhar o trigo, remover cada bago de trigo...
Assim como se colhe um fruto e muitas vezes ele não está pronto para ser consumido, ao criarmos um laço de amor, precisamos tratá-lo, antes de vivenciar seu sabor.
Agradamo-nos do olhar, do cheiro, da beleza, da elegância, ou de qualquer outro atrativo (muitos dos quais não percebido por nenhuma outra pessoa, a não ser o amante); mas ao conviver, sentimos que a palha não nos  agrada. Ela é seca, dura, intransigente, inconsumível, intratável. E agora, jogo fora? Destrato, maldigo, rejeito? 


Não, definitivamente, não podemos perder a semente que florescerá em tão grande sentimento, por causa de uma capa, cápsula, rótulo ou receptáculo. Vale a pena o tratamento, que embora seja desgastante, leva-nos ao encontro da sustentação, do "saciar", da satisfação. Não exclua pessoas, amores, amantes de sua vida, por causa de um mero tegumento superficial, lá dentro pode haver uma rica reserva, que trará alegria ao teu coração.


Tratando palhas, colhendo amores!

2 comentários:

  1. Tem que ter algo biológico nos teus textos né? rsrs
    É uma das tuas principais marcas ;D

    De fato uma das coisas que mais se encontra em falta nos relacionamentos é o "tratar as palhas". Quem não se dispõe a fazer isso não consegue colher o amor. Ambos são necessariamente ligados.

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  2. Sou um biólogo amante...e/ou um amante biólogo, rsrsrsrsr

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